Hans
Staden nasceu em Homberg (Estado de Hesse), cidade alemã
e faleceu em Wolfhagem, também cidade alemã. Era
Humanista e escritor, de profunda sensibilidade.
Em
1549, viajaram para o Brasil, o alemão "Hans Staden"
e seus companheiros em uma escuna, tendo vindo para estudarem
os costumes e vida dos índios brasileiros. Viajaram em
direção ao Litoral Sul, para São Vicente,
quando perceberam que a escuna ia naufragar.
Salvam-se
nadando até uma praia deserta. Emocionado por estar salvo,
Staden ajoelha-se e agradece a Deus.
Descobrem
uma aldeia, ao encontrarem restos de fogueira. Essa aldeia era
"Conceição de Itanhaém" , um agrupamento
de colonizadores. Foram muito bem recebidos e viajam a pé
para São vicente (Ipanema).
Lá
em São Vicente, se torna artilheiro do Forte de Bertioga.
Afastando-se do Forte, foi aprisionado pelos índios Tupinambás.
Tendo certeza de sua morte, haja visto os costumes dos índios,
aproveitou-se dos conhecimentos que tinha de medicina e ofereceu-se
para curar o irmão do cacique que estava muito enfermo.
Não
foi libertado, como esperava, mas livrou-se da morte. Conformado
em viver, ensinou seus conhecimentos de medicina e lavoura para
os índios, cuidando dos feridos nas guerras entre as tribos.
Afinal, ganha a liberdade. Volta à Alemanha e escreve suas
experiências com os índios e fala da ótima
hospitalidade que teve aqui em Itanhaém.
No
centenário do naufrágio de Hans Staden em 1988,
foram declaradas cidades irmãs Homberg (cidade natal de
Staden), Wolfhagem (cidade onde faleceu ).
Nessa
ocasião foi realizado o lançamento da pedra fundamental
do Monumento a "Hans Staden" em Itanhaém. Esse
Monumento, com 50m² foi inaugurado em 16/09/1988, e representa
a cena de salvação de Staden por ocasião
do naufrágio em 1549 e fica junto à Rodovia SP 170,
antiga SP 55.
Em
1988, ano "Jubileu-de-Ouro" foi criada a Medalha de
"Hans Staden", que é conferida às personalidades
que se destacam no intercâmbio Cultural teuto-brasileiro.
Homberg
e Wolfhagem, em louvor a Hans Staden, unen-se a Itanhaém,
Mongaguá e Peruíbe, cujo objetivo é a preservação
da expressiva rede de rios da região. A salvaguarda das
matas, rios, indios, flora, fauna, ilhas, etc. constituem o arcabouço
dos Parques do Sapucaitava.
O
gênero escrito por Hans Staden, a narrativa do cativeiro,
é considerado um dos mais ricos relatos do século
XVI.
Os
índios não praticavam o canibalismo para se alimentar
e sim para receberem a força do guerreiro morto.
Grande
humanista e escritor, Hans Staden, foi homenageado pela Academia
Itanhaense de Letras com cadeira nº 14 "Hans Staden".