Nascida
em Capivarí, SP, em 2 de setembro de 1893. Criada em
fazenda de café e gado, chorava, quando iam para o
matadouro.
Estudou música, e estava sempre acompanhada por um
bom livro. Em sua casa era costume fazerem serões de
música e poesia.
Em
1918, casa-se com Ernesto Zwarg, teve quatro filhos: Oswaldo,
Antonio Bruno, Ernesto e Ascendino passando a eles o amor
pela música e poesia.
Em
1932, juntamente com o marido entregam-se apaixonadamente
à Causa Constitucionalista, onde ela ajudava na enfermagem,
costura e feitura de suprimentos.
Reside
em São Paulo por 30 anos, depois mudaram para Itanhaém.
Em 1940, ela era uma pessoa muito romântica e meiga,
gostava de conversar com as plantas e os pássaros,
como foi descrito por uma amiga dos bons tempos do passado.
Caminhou
por essas ruas, admirando o céu sempre azul, sentindo
em seu rosto a carícia da brisa, olhando as flores
e sentindo o seu perfume. Quando o crepúsculo descia
suavemente, ao longe o sino tocava anunciando a Ave-Maria,
ela ficava contemplativa.
Era
chamada carinhosamente de Céinha. Suas poesias representam
o retrato vivo da mulher poetisa tão suave que passou
para o papel todo o seu romantismo e singeleza.
Ela
escrevia com alma, sentimento e coração, passando
para o papel toda sua inspiração, deixando assim
registrada sua paixão, por esse pedaço de chão".
Apesar
da idade avançada ela começa a escrever sobre
o encantamento que lhe causa Itanhaém. Instalada a
tipografia, foram inseridos alguns de seus poemas no Correio
do Litoral e Jornal de Itanhaém e o livro "Itanhaém
e sua Poesia", pelo Tino Zwarg. Assim suas poesias chegaram
até as salas de aulas. Isto lhe deu uma imensa alegria,.
Tenho quase certeza que neste dia, conversou muito mais com
as plantas e os pássaros, agradecendo a Deus, esse
dom maravilhoso de burilar com as palavras formando poesia.
É
com orgulho imenso, uma honra, eu tê-la, como minha
patronese e ocupar a cadeira de número 11, a qual ela
representa na Academia Itanhaense de Letras.
Tudo
que escrevi é tão pouco diante da mulher e poetisa,
um orgulho para nossa Cidade, tê-la, entre os nossos
poetas da terra.
Na
posse tive como madrinha sua neta Marati...