Saudoso,
deixei... |
O
cais de Cananéia, adeus... |
Vencendo a correnteza,
eu vim |
Pensando
só em ti, meu amor |
Remando, assim |
às vezes contra
o vento do sul |
Mas
sem ter um lamento |
pois só pensava
na ventura de te encontrar... |
Os botos passando |
Ao lado da canoa as aves |
Por sobre a gamboa lembrando |
O quanto fui feliz, meu
amor |
Vivendo
na Ilha do Cardoso |
Que tempo mais fermoso
vivi |
perto
de ti... |
|
No Marujá,
eu aportei minha canoa |
mas os teus olhinhos tristes, |
Não encontrei a
me esperar |
Voltei pro remo, contra
o vento |
Retendo a mágoa
e cheguei em pouco tempo |
no Arirí... |
No caminho da Capela, |
seus passinhos eu
reconheci... |
E embora transtornado |
a maior naturalidade |
Fingi, mimosa flor... |
|
|
Saudoso, deixei... |
O cais de Cananéia,
adeus... |
Vencendo
a correnteza, eu vim |
Pensando só em ti,
meu amor |
Remando, assim |
às
vezes contra o vento do sul |
Mas sem ter um lamento
|
pois só pensava
na ventura de te encontrar... |
Os botos passando |
Ao
lado da canoa as aves |
Por sobre a gamboa
lembrando |
O
quanto fui feliz, meu amor |
Vivendo na Ilha do
Cardoso |
Que
tempo mais fermoso vivi |
perto
de ti... |