Ei-lo ainda de pé,
grave e imponente
Erguendo altivo o rude campanário,
como heróe fantástico e lendário,
Que as injúrias das épocas não sente.
E quando escuta, à noite , o mar gemente,
E vê da luz o palido sudário
De luz cobrir o outeiro solitário
Onde se firma, impávido e silente,
Talvez que sonhe com remotos dias
Com já passadas eras de esplendor,
Sob estas naves lúgubres e frias
Talvez se lembre, com saudade e dor,
De extintas gerações que nestas pias
Aras rezaram com sincero ardor.
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