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:: Dia de Chuva em
   Itanhaém

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Dia de Chuva em Itanhaém
Biered

Chove em Itanhaém, a cidade vazia.
Praia deserta... ambiente de melancolia,
Contudo, a nossa tarde é bem aproveitada,
Um livro, um jogo qualquer, conversa, risada...
Do pequeno rádio chega a nós, docemente
Uma canção e uma história comovente
De um triste amor... de sandálias, traje praiano
Na mão um copo de conhaque com Cinzano
(invenção do Waldemar, que Deus o proteja)
E a chuva bate à porta furiosa de inveja
Querendo entrar. A noite desce lentamente,
Ascende-se as luzes. Chove torrencialmente.

Jantar: Depois as revistas cobrem a mesa.
E, todos tomam parte, - menos a princesa -
Em problemas, perguntas, palavras cruzadas...
Há muitos palpites errados... Em charadas
A Dna. Céa é mestre. Seu vocabulário,
É mais completo do que qualquer dicionário
Seu melhor aluno é o José, um colosso!
Depois vem os dois Ernestos, o velho e o moço
As moças "carinhas de anjo" não querem nada
Gostam de futebol, nós de "misturada"
A gente se diverte. as horas vão correndo
Um tanto menos, mas continua chovendo.

Tão tarde e ninguém tem sono, só a "princesa"
Boceja... mas, que falta de delicadeza!
Preguiçosa, não faz nada, só ocupa espaço
Se quer dormir, porque não dorme no terraço?
Lá tem rêde... não quer; fica aqui se coçando
Nós também vamos dormir. Está chuviscando
As árvores curvadas pelo vento
Algo murmuram como se fosse um lamento
Fogem os pensamentos... O sono vem vindo
Ao longe ouve-se a maré subindo... bramindo...
E ouvindo aquele som monótono, uniforme
Como o bater d'um compasso
Itanhaém dorme...
 
 
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